Seiscentos e sessenta e seis

A vida é um dos deveres
Que nós trouxemos para fazer em casa
Quando se vê já são seis horas: há tempo...
Quando se vê já é sexta feira...
Quando se vê, passaram sessenta anos...
Agora é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem, um dia, outra oportunidade
Eu nem olhava o relógio
Seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho
A casca dourada e inútil das horas


Mario Quintana

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