Quem Matou Jesus?
O homem Jesus, pela
sua importância, dividiu a história da humanidade em duas épocas: antes de
Cristo (a. C.) e depois de Cristo (d. C.). A figura de Jesus encantou
filósofos, cientistas, historiadores e artistas. A sua bondade e humildade
levou a paz, o alívio, a cura a milhões de pessoas. Porém, com tudo o que foi
dito a seu respeito, ele continua a ser um grande mistério.
O que sabemos sobre
Jesus vem dos Evangelhos. A veracidade dos textos é contestada por
historiadores e teólogos. Há grande número de evangelhos, mas apenas quatro são
aceitos por todas as igrejas cristãs: os chamados "canônicos" (de
acordo com a regra) atribuídos a Marcos, Mateus, Lucas e João. Os demais foram
considerados "apócrifos" (não autênticos). O Evangelho mais antigo, o
de Marcos, foi redigido entre 66 e 68 d. C. Os de Mateus e Lucas na década de
80 d. C. Entre 90 e 110 d.C. foi concluído o de João.
Por este motivo os
evangelhos não são totalmente confiáveis, pois suas composições foram
relativamente tardias, ou seja, escritas várias décadas após a morte de Jesus.
Os Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas são muito semelhantes (possuem 330
versículos em comum), o que nos leva a pensar que mantiveram algum contato na
elaboração dos evangelhos. Por isso são chamados de "sinóticos" (num
rápido olhar se vê todas as partes do conjunto).
Tudo o que se sabe
até hoje sobre Jesus está fundamentado em pesquisas científicas, fruto da
análise de historiadores e cientistas e no estudo dos evangelhos e documento
afins.
I - A época em que
Jesus viveu
É necessário que
conheçamos a época em que Jesus viveu, ou seja, estudar o ambiente político,
social e religioso. Como sabemos, a humanidade vive ao sabor das alternâncias
dessas três forças, que condicionam o comportamento e determinam direitos e
obrigações.
Na época em que Jesus
viveu, há dois mil anos, os territórios que correspondem hoje a Israel e à
Palestina se encontravam sob o domínio romano.. Antes disso, desde o século 6
a.C., a região fora conquistada sucessivamente por babilônios, persas e gregos.
Roma consolidou sua ocupação em 63 a. C.
A história da nação
Israel se iniciou com Abraão, o Patriarca, que conversava com Deus e recebeu
Dele a missão de conduzir o povo hebreu para Canaã (região da Palestina e da
Fenícia), local onde seria constituída uma grande nação.
Israel (Perseverador com Deus). Nome que
Deus deu a Jacó quando este tinha cerca de 97 anos. Israel se consolidou como
nação após ter o povo israelita se libertado da escravidão do Egito e ter se
fixado na terra prometida. Israel era uma nação teocrática, mesmo
porque, segundo a Bíblia, o seu governo fora determinado por Deus. Portanto,
politicamente falando, os direitos e deveres dos cidadãos eram impostos por
pessoas que se achavam investidas de poderes divinos. Essa característica do
poder, envolvida por profundo fanatismo religioso, impunha ao povo um regime
austero e intransigente. (As análises têm por base a Bíblia)
Como já relatamos no
início, a região da Palestina estava ocupada pelo império romano desde 67 a. C.
Assim, Israel tinha um governo teocrático que era subordinado ao imperador
romano.
II - Atitudes de
Jesus que o levaram a julgamento
Alguém matou
Jesus. A morte de Jesus não
foi um acidente. Porém, ninguém publicou algo que relatasse o processo e o
concluísse trazendo provas irrefutáveis sobre o autor ou autores do crime.
Os cristãos não acompanharam o julgamento, pois já tinham
fugido quando Jesus foi capturado. A elite sacerdotal ou o poder romano nada
registrou, porque Jesus era insignificante para eles. Quem realmente matou
Jesus: a elite judaica; os romanos; os judeus, ou o próprio Jesus?
Segundo os
Evangelhos, Jesus foi levado diante do Sinédrio, na presença do Sumo Sacerdote
Caifás, onde os escribas e anciãos estavam reunidos. O chefe dos sacerdotes e
todo o Sinédrio procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de matá-lo.
Apresentaram-se duas falsas testemunhas que afirmaram ter Ele dito: "Posso
destruir o Templo de Deus e edificá-lo depois de três dias" e por
ter afirmado que era Cristo, filho de Deus (Mt 26: 57-68),
faltas consideradas graves e por isso foi levado para ser julgado por Poncio
Pilatos,
a) A elite
judaica. Jesus foi levado a Pilatos, que era o governador romano da Judeia
durante o ministério terrestre de Jesus, por ordem das autoridades judaicas
para ser julgado sob a acusação de que era subversivo, que defendia o
não pagamento de impostos, que iria destruir o templo e que dizia ser rei,
rivalizando assim com César. Por quê? ® A atitude de Jesus não foi exatamente
pacífica. O episódio está nos Evangelhos. "Numa visita ao Templo de
Jerusalém, o coração religioso da Judeia, Jesus expulsa os vendedores de
animais e comerciantes instalados nos arredores. "Não faças da
casa de meu Pai um mercado!" (Mt 21:12, 13)
Não foi um simples
"rapa" nos camelôs. Os comerciantes faziam parte da estrutura
de arrecadação do Templo. Os animais eram vendidos a preços
exorbitantes. Os cambistas trocavam moedas que os visitantes traziam pela única
aceita pelo Templo, o "shekel". Esse dinheiro junto com os impostos
cobrados de todos os judeus adultos, faziam do Templo mais do que uma igreja.
Na prática era o Banco Central da Judeia, empregando em torno de 18000 homens,
que administravam e guardavam imensa fortuna. Esta situação contrariava tudo o
que Jesus pregava: igualdade, fraternidade, caridade, etc.
Jerusalém festejava a
Páscoa (aniversário da fuga do Egito liderada por Moisés, 1400 anos antes). O
Templo recebia entre 200 e 300 mil visitantes de toda a Judeia. Jesus é preso e
a acusação (falsa) é de que dissera que destruiria o Templo e o condenaram à
morte. Mas o direito de aplicar a pena de morte era exclusividade dos romanos.
Diante disso, os chefes religiosos entregaram Jesus ao poder romano.
Os líderes judeus
pediam a condenação de Jesus e sua execução. Pilatos, no entanto, não vê crime
nos atos de Jesus. Ao saber que Jesus era da Galiléia, enviou-o a Herodes
Antipas, judeu, governante distrital (tetrarca) da Galiléia, que era inimigo de
Pilatos. Herodes, que era uma pessoa devassa e cruel (Estudo Perspicaz das
Escrituras), apenas zombou de Jesus, pedindo-lhe que fizesse milagres, o que
não ocorreu. Revestindo Jesus de uma túnica branca, envia-o de volta a Pilatos.
Desejava Pilatos
livrar Jesus, pois o julgava inocente. Interroga-o novamente, porém nada
encontra para condená-lo e oferece Barrabás, um criminoso, para ser crucificado
em seu lugar. O povo pede que soltem o bandido.
Diante da situação
incontrolável, Pilatos mandou levar Jesus a um pátio e entregou-o a uma
companhia de soldados que o submeteram a terríveis flagelos,
Quem eram os líderes
judeus:
"Os "chefes dos sacerdotes" e
os "escribas", com freqüência acompanhados dos "anciãos",
formam uma tríade sempre ao encalço de Jesus. Quem são essas figuras? O sumo
sacerdote, no período da ocupação romana, era nomeado pelo governador, que o
escolhia entre as famílias judias dominantes. Caifás, então, era o Sumo
Sacerdote, genro de Anás, cuja influência aparentemente ainda se fazia sentir.
Os "chefes dos sacerdotes", segundo o padre Raymond Brown (vide
bibliografia), eram provavelmente antigos sumos sacerdotes, ao lado de
preeminentes membros de famílias entre as quais sumos sacerdotes recentes
haviam sido recrutados, e algumas pessoas a quem tinham sido confiadas
especiais missões sacerdotais. Os "anciãos" seriam patriarcas das
famílias mais ricas e distintas, e os escribas, pessoas que se destacavam pela
"inteligência e cultura", entre as quais se encontrariam os
"fariseus". Grosso modo, esses três grupos constituiriam o Sinédrio,
que no total contava 71 membros." (Revista "Veja"- 04/95)
Caifás: José Caifás era sumo sacerdote durante
o ministério terrestre de Jesus. (Lu 3:2). Era genro do sumo sacerdote Anás,
seu antecessor. (Jo 18:13). Caifás era saduceu. (At 5:17).
Caifás era líder de
um complô para eliminar Jesus. Profetizou que Jesus morreria em breve pela
nação, e empenhou-se de todo o coração neste sentido. (Jo 11:49-53: 18:12-14).
No julgamento de Jesus perante o Sinédrio, Caifás rasgou a roupa e disse:
"Ele blasfemou!" (Mt 26:65), referindo-se ao fato de Jesus
reivindicar a dignidade divina. Quando Jesus estava perante Pilatos, Caifás
estava sem dúvida presente, clamando: "Para a estaca com ele! Para a
estaca com ele! (Jo 19:6, 11); ele foi um dos que pediram que Barrabás fosse
liberto, ao invés de Jesus (Mt 27:20, 21; Mr 15:11); estava ali, bradando:
"Não temos rei senão César" (Jo 19:15); também estava protestando
contra o letreiro afixado sobra a cabeça de Jesus: "O Rei dos Judeus"
(Jo 19:21).
Anás: Designado sumo sacerdote por volta de 6
ou 7 EC por Quirino, governador romano da Síria até cerca de 15 EC. (Lu 2:2).
Anás era, por conseguinte, sumo sacerdote quando Jesus, aos 12 anos deixou
admirados os instrutores rabínicos no templo. (Lu 2:42-49). Quando Jesus foi
preso, ele foi primeiro levado a Anás, para interrogatório, e então levado a
Caifás, para julgamento. (Jo 18:13). O nome de Anás encabeça a lista dos
principais oponentes dos apóstolos de Jesus Cristo. (At 4:6).
Anás era um homem
rico, e uma de suas principais fontes de renda era a venda de sacrifícios no
templo. Por este fato, tinha razões para matar Jesus, que por duas vezes
purificou o templo, que eles tinham transformado num "covil de
salteadores". (Jo 2:13-16; Mt 21:12, 13; Mr 11:15-17; Lu 19:45, 46). Um
motivo adicional para o ódio que Anás tinha a Jesus e seus apóstolos, era o
ensino sobre a ressurreição, cuja prova era a ressurreição de Lázaro, porque
sendo Anás saduceu ele não cria na ressurreição. ("Estudo Perspicaz das
Escrituras")
b) Os romanos: Pilatos, como um líder romano, era
também responsável pela segurança do império. Ocorriam constantes rebeliões,
que desgastavam a tropa. Roma, representada por Pôncio Pilatos, na região da
Judeia, governava em conluio com as elites locais. Assim, tanto os sacerdotes
(liderados por Caifás, o supremo sacerdote) quanto Herodes (judeu), governante
distrital da Galiléia (designado pelo senado romano) podiam coletar impostos
para si, desde que mantivessem o povo satisfeito com os romanos e dessem ao
César parte da arrecadação. A corrupção é um mal muito antigo.
Diante deste quadro,
Pilatos não poderia negar um pedido dos judeus (matar Jesus). Não importava se
inocente ou culpado. Seu dever era evitar atritos com os líderes religiosos,
garantindo o fluxo de impostos para si e para o império.
Por quê Pôncio
Pilatos aparece na Bíblia preocupado em defender a inocência de Jesus? Na
verdade, o que estava em jogo era a absolvição de Pilatos, afirma o historiador
Edgar Leite, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
c) O povo
judeu: A Bíblia narra que Pilatos propõe que os judeus escolham em
soltar Jesus ou um bandido, Barrabás. A multidão escolhe o fora-da-lei. Diante
disso, qualquer leitor é levado a aceitar o povo judeu como responsável pela
morte de Jesus. Conforme diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp, este
fato é inverossímil. "Não existe nenhum outro caso conhecido em que um
procurador romano fosse ouvir o que a população achava. Ainda mais se esse povo
nem romano era". O que se tem como certo é a participação ativa da elite
judaica, representada pelas autoridades locais e os sacerdotes, tendo à frente
o sumo sacerdote Caifás.
Por quê condenar o
povo Judeu?
O anti-semitismo é
muito mais antigo que o cristianismo. A nação judaica foi construída através de
longos e difíceis sacrifícios. Israel, cuja capital é Jerusalém, se encontra no
Oriente Próximo, Ásia. Idioma: hebraico e o árabe. Israel é um país resultante
da partilha da antiga Palestina (Jerusalém estava dividida até 1967 entre
Israel e a Jordânia). Israel mantém constantes atritos com seus vizinhos
árabes.
Falar sobre o povo
judeu é um interessante tema para uma próxima oportunidade.
As acusações contra o
povo judeu, que se espalham pelo mundo ao longo dos tempos, num nefando
processo chamado anti-semitismo, por motivos que não importam no presente
trabalho, teria como um dos fatores o nome de Judas. O nome "Judas"
estaria etimologicamente ligado a "judeu". Seu gosto pelo dinheiro
(30 moedas) foi generalizado para todo um povo. Santo Agostinho disse:
"... enquanto Pedro representa a igreja, Judas representa os
judeus..."
d) Jesus: A possibilidade de Jesus ter
provocado sua morte não pode ser descartada. A investida violenta contra os
vendilhões do templo deu inicio a grande revolta entre os participantes, bem
como atingiu frontalmente as lideranças políticas e religiosas, envolvidas com
a negociata. A sua presença era um perigo constante. Além do mais, João Batista
tinha sido executado por Herodes, na Galiléia, por motivos banais. Jesus, com
certeza, tinha consciência do perigo que corria. No entanto, sua morte traria
grande impacto em prol da causa que sustentava. Isto não quer dizer que Jesus
premeditou este desfecho.
III - O julgamento
Todo julgamento, em
princípio, deve seguir uma máxima do direito que diz: "Não há culpa sem
prova e nem crime sem cominação legal". De acordo com a análise dos atos
praticados por Jesus, verificamos que ocorreram duas atitudes consideradas
graves pelas autoridades judaicas, passíveis de punição: a primeira foi a
expulsão dos "camelôs" do Templo e a segunda a acusação de blasfêmia
por se declarar filho de Deus.
A expulsão dos
mercadores do Templo, à luz da moral, não constitui uma falta grave, pelo
contrário, visou preservar o respeito à casa de Deus. O fato de Jesus se dizer
filho de Deus não é uma blasfêmia, pois Abraão e os demais patriarcas e
profetas consideravam Deus como o supremo Senhor e, conforme diz a Bíblia, Deus
afirmava ser os judeus o seu povo eleito, e Jesus era Judeu.
Disto se conclui que:
A condenação de Jesus
foi uma farsa perpetrada com o objetivo de acobertar os atos imorais que vinham
sendo praticados pela elite judaica (sacerdotes liderados por Anás, Caifás,
escribas e anciãos) mancomunados com autoridades romanas, dentre as quais
destacamos Pilatos e Herodes (que era judeu).
IV - A condenação
Por qual motivo Jesus
foi condenado?
Jesus foi submetido a
dois julgamentos: judeu e romano. O julgamento judeu teria sido uma
investigação preliminar, não um julgamento. Outros afirmam que coube aos
romanos apenas executar uma sentença judia. Segundo diálogo que João presenciou
entre Pilatos (que não encontrava razões legais ou morais para condenar Jesus)
e as autoridades judaicas, Pilatos diz: "Tomai-o vós mesmos e o julgai
conforme a vossa lei". Os judeus responderam: "Não nos é permitido
condenar ninguém à morte." Percebe-se através desse diálogo que a intenção
das autoridades judaicas era matar Jesus e não simplesmente puni-lo. Surgiu,
então, um problema de competência entre a justiça romana e a judaica. Pilatos
diante do impasse, entregou Jesus aos soldados para que o castigassem e, em
seguida, Jesus foi levado para ser crucificado.
Conclusão
Podemos agora, ao
final desta análise, declinar nomes de supostos culpados pela morte de Jesus,
sob o meu humilde ponto de vista, embora apoiado em fontes duvidosas, o que
deixa um enorme campo para discussões.
Questionamento do
Petrick:
1. De quem é a culpa pela crucificação: do povo ou de Pilatos?
Povo: Conforme constatamos através de
documentos e relatos que chegaram até nós, o povo judeu aguardava, com
ansiedade, um líder que os tirasse da condição de penúria e sofrimento em que
viviam, cujos culpados eram os líderes judeus. O povo, em razão de sua
humildade e miséria, não tinha expressão nenhuma que sensibilizasse as
autoridades romanas, a ponto de contrariar um desejo de Pilatos (libertação de
Jesus). Por outro lado, é impossível aceitar que um povo se manifeste contra um
homem, que era judeu, e se empenhava em ajudar os pobres, enfermos e oprimidos,
a ponto de pedir sua crucificação.
Pilatos: Pilatos teve uma participação
muito grande na condenação de Jesus. Por quê?
Pilatos realmente não
encontrava culpa em Jesus, porque Ele não havia cometido nada que violasse os
princípios da lei vigente naquela época. (vide o princípio legal: "... não
há culpa sem prova e nem crime sem cominação legal ...". No entanto,
Pilatos não podia assumir sozinho a condenação e a transferiu para as
autoridades judaicas: "Levai-O e aplicai a vossa lei". Este
comportamento, aparentemente correto e justo, estava encoberto por dois
importante motivos:
a) Era do interesse
de Pilatos que Jesus fosse eliminado porque a sua presença atrapalhava a
"negociata" do Templo (vide letra "a");
b) O povo judaico não
aceitava o jugo romano e, portanto, ocorriam várias rebeliões contra as tropas
romanas. Em razão disso, Pilatos não poderia contrariar as autoridades judaicas
que pediam a morte de Jesus, para não provocar um descontentamento. Na verdade,
Pilatos, lavando as mãos, salvou-se a si mesmo.
Pilatos, pela seu
comportamento, a meu ver, seria enquadrado como co-autor da morte de Jesus.
2. Os soldados que crucificaram Jesus, embora cumprindo ordens, têm
parcela de culpa?
Não têm culpa pela
condenação, mas sim pela execução, levando-se em conta a necessidade de
consumar o ato em razão de sua condição profissional. Vejamos em "O Livro
dos Espíritos", Capítulo VI, item IV - Assassínio.
Questão 746: O
assassínio é um crime aos olhos de Deus?
Sim, um grande crime, pois aquele que tira a vida de um semelhante
interrompe uma vida de expiação ou de missão, e nisso está o mal.
Questão 747: Há
sempre no assassínio o mesmo grau de culpabilidade?
Já o dissemos: Deus é justo e julga mais a intenção do que o fato.
Questão 749: O homem
é culpado pelos assassínios que comete na guerra?
Não, quando é constrangido pela força; mas é responsável pelas
crueldades que comete. Assim, também o seu sentimento de humanidade será levado
em conta.
Devemos entender que
"cada um tem o que merece, de acordo com suas obras" e o que conta
nesses casos é a intenção de cada um.
3. Todos os que colaboraram para a sua condenação serão perdoados?
Perdoados por Deus ou
pelos homens? Por Deus, com certeza. Pelos homens, não sei.
Cada um receberá o
que merecer, de acordo com o seu grau de comprometimento. De uma coisa temos
certeza, Deus é amor e não abandona ninguém. Todos alcançaremos, um dia, após
vencermos nossas imperfeições, a condição de Espíritos Puros.
4. Até onde teria chegado o império de Jesus se não tivesse sido morto?
Teria se tornado um grande rei ou imperador?
Acredito que a morte
e a ressurreição de Jesus foram necessárias, pelos seguintes motivos:
a) Jesus revelou à
humanidade o amor (Segunda Revelação).Portanto, as armas que Jesus utilizou
para derrotar seus inimigos eram a paz, a solidariedade, a fraternidade,
virtudes desconhecidas e ignoradas na época, cujo lema era: "Quem com
ferro fere será ferido". Jamais Jesus derrotaria as grandes potências e
impérios, constituídos de pessoas ainda no estágio da barbárie, com demonstração
de amor e fraternidade.

Muito Bom, Parabéns
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