Dois Destinos

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Capítulo Um - O Banco

Final da década de 80. O Gal. João B. Figueiredo estava terminando a transição do governo militar para o governo civil, que deveria ter Tancredo Neves como primeiro presidente civil, mas com a morte dele antes da posse, assumiu José Sarney.
Alguns bancos estrangeiros estavam começando a fazer fusão com bancos brasileiro de médio porte para cima e até mesmo comprando bancos de médio porte para baixo, e o Banco Comercial era um dos visados. Tinha somente 45 agencias em todo o país, mas era sólido, pertencia a uma família tradicional de S. Paulo.
Na matriz, em S. Paulo trabalhavam cerca de 80 funcionários. Talvez 20 na área de atendimento ao público, gerencia, caixas, seguros, aplicações, etc.... Na área interna, contabilidade, cobrança, contratos, processamento [que na época ainda engatinhava], trabalhavam os outros.  Na contabilidade trabalhavam: um supervisor, Paulo, dois chefes de seção, Milton e Gerson, dois encarregados de serviço, Otávio e Marta, e quatro escriturários, Luiza, Carmen, Luiz Carlos e Jurandir [Jura].
Todos da seção sabiam que secretamente Milton nutria uma grande paixão por Marta, e se esta sabia, fazia de conta que não sabia. Ele era o chefe direto dela, e tinham sempre divergências quanto ao serviço, pois ele queria que ela fosse a melhor. Nas reuniões de chefia sempre elogiava o trabalho dela. Otavio era o mais velho e além de respeitado por isso era muito querido, principalmente dos dois. Um dia após o trabalho, ao tomarem uma cerveja na lanchonete, confrontou Milton e encorajou-o a falar com Marta, mas esse temia levar um fora. E assim ficou...
O trabalho ia sempre bem, pois todos se ajudavam e saiam invariavelmente no mesmo horário. Raramente alguém ficava até mais tarde sem que um dos outros ficasse para ajudar. Era uma boa equipe.
Em 1982, Milton recebeu uma promoção e foi para uma das capitais onde tinha uma agencia do banco. Convidou Marta para ir com ele, conseguiria uma promoção para ela também, prometeu, mas ela recusou pois estava estudando e tinha os pais e dois irmão menores que não poderia levar e não  poderia deixa-los tampouco.
E lá se foi Milton. Manteve correspondência com todos. Naquela época não existia internet, e-mail, só correspondência por malote ou telex, além do telefone [só fixo].
Mas, com o tempo, o trabalho foi afastando a todos. Um dia o Banco Comercial foi comprado pelo Banco Nacional de Lisboa, e houve grandes mudanças na estrutura e no quadro de funcionários; alguns saíram, outros transferidos, outros se formaram e foram exercer outras atividades. Mas Milton e Marta sempre se correspondiam, mesmo depois que ela saiu do banco e foi trabalhar numa indústria.

Capítulo Dois - Milton

Depois que Marta foi trabalhar na indústria, continuaram a se falar por telefone ou telex. Depois dos feriados de Natal e Ano Novo, em que não se comunicaram porque a empresa de Marta entrou em férias coletivas e Milton não tinha como falar com ela por telefone como faziam periodicamente. Em janeiro, Milton saiu de férias e foi a S. Paulo procurar Marta.  Foi na indústria procura-la e soube que ela tinha pedido demissão. Foi na casa dela e soube que ela tinha se mudado com a família e os vizinhos não sabiam para onde.
Procurou por Jura, que era o melhor amigo dela e morava no mesmo bairro, mas soube com tristeza que Jura tinha falecido num acidente de moto. Lembrou das vezes que falara pra ele que moto era perigoso, e que ele deveria fazer um esforço e comprar um carro. Durante o mês de férias tentou de todas as formas localizar Marta, mas descobriu que sabia pouco de sua vida pessoal e familiar.
Estava trabalhando agora em Recife e depois das férias voltou para lá. Na viagem ficou relembrando quando conheceu Marta. Um encarregado de serviços foi transferido para outro departamento e uns dias depois Paulo seu supervisor o chamou em sua sala. Lá estava sentada uma moça bonita, alta, quase tão alta quanto Milton, mas, mais encorpada do que ele, que era bem magro. Ela emanava uma força interior que logo cativou Milton. Paulo os apresentou e disse para Milton prepara-la para preencher a vaga de encarregado de serviços.
Milton adorou a ideia, pois precisava de alguém no setor e ficara impressionado com a moça. No começo, foi paciente para ensinar o serviço a ela que aprendia rápido. Aos poucos foi deixando-a sozinha.  Otávio, que era companheiro de cargo dela, passou a auxilia-la nas novas funções e ficaram muito amigos. Otávio era bem mais velho, era casado e tinha dois filhos.
Tinha idade para ser seu pai e a tratava com carinho e paciência. Jura era subordinado direto de Otávio, mas como era amigo pessoal de Marta e seu vizinho de bairro desde adolescência, ficava as vezes até mais tarde para auxiliar Marta quando ela precisava. Quando saiam mais tarde,  Jura dava carona na sua moto, para Marta. Milton não gostava muito, vivia falando para o Jura tomar cuidado, principalmente nos dias que levava Marta. Aos poucos Marta passou a dispensar ajuda pois era muito boa no trabalho.
Tudo isso Milton relembrou na viagem de volta, e tomou uma decisão: procurar superar e esquecer Marta, que se tornara um sonho impossível.
E começou a namorar outras moças.

Capítulo Três – Amanda

Descendente dos holandeses que invadiram o Brasil colônia, nasceram basicamente em Pernambuco. Olinda e Recife tem muitos desses “holandeses”, com olhos e cabelos claros. Com as miscigenações, resultaram em tipos  morenos com olhos azuis, alguns com cabelos loiros, outros castanhos.
Amanda era uma descendente desses holandeses. Era alta, morena, com olhos azuis e cabelos loiros acastanhados. Muito bonita, exótica. Morava com os pais e tinha uma irmã mais velha, casada. Trabalhava em uma empresa aérea, no aeroporto de Guararapes, em Recife. Por ser muito dedicada, foi logo transferida para a matriz, no centro da cidade.
Era responsável pelo controle de bancos, e com isso ia bastante no Banco Nacional, onde Milton trabalhava. Sempre que tinha alguma coisa pra resolver no banco, procurava por ele. Daí nasceu uma grande amizade entre os dois. Daí para saírem juntos foi rápido. Cinemas, shows, baladas, sempre que podiam eles iam.
Amanda se apaixonou por Milton mesmo antes de começarem a sair, e Milton, apesar de não sentir a mesma paixão que nutria por Marta, passou a apreciar a companhia de Amanda. Aos poucos passou a sentir falta dela, quando não a via. Milton deixou de ir a S. Paulo com frequência. Ia quando o trabalho exigia e voltava de imediato.
Ao fim de 1 ano, pediu Amanda em casamento, o que a tornou a mulher mais feliz do mundo. Deixou o emprego e dedicou-se totalmente a cuidar da casa e de Milton. Este foi promovido a gerente da agencia de Olinda, recém inaugurada.
Viviam uma vida calma, feliz e que satisfazia a ambos. Milton enterrou bem fundo em seu coração as lembranças de Marta e vivia com Amanda essa vida.
Uma noite, chegando do trabalho em casa, encontrou Amanda caída no chão da cozinha, com hemorragia. Pensou logo em aborto espontâneo, pois fazia uns dias que achava Amanda um pouco misteriosa, como se quisesse contar algo a ele. Pegou-a no colo, colocou-a no carro e foi para o hospital. Lá ela foi levada imediatamente ao centro cirúrgico e Milton precisou esperar lá fora.
Já tinha se passado umas 3 horas e Milton já estava aflitíssimo, quando o médico veio ter com ele. Disse que Amanda tinha sido levada para a UTI por precaução, mas estava relativamente bem. Levou Milton para uma sala e ali lhe deu a terrível notícia: Amanda estava com câncer no colo do útero em estado avançado.  Chocado com a noticia, em desespero, Milton começou a chorar silenciosamente. O médico, colocou a mão em seu ombro e disse que agora não era hora de desespero, mas sim de luta.
Ia encaminhar Amanda a um oncologista amigo dele para avaliação e tratamento, pois ele era ginecologista e não tinha especialização em oncologia. Talvez ainda desse para extirpar o tumor, e que Milton precisava ser muito forte para ajudar a esposa. Ia ser muito difícil e doloroso para ela e ele mais que nunca tinha que apoiá-la.

Capítulo Quatro - O Câncer

Começava aí uma dura provação para Amanda e Milton. Exames, tomografias, cirurgias, mais exames, mais cirurgias, quimioterapia... Amanda definhou lentamente,
perdeu peso, perdeu os cabelos, só não perdeu seu amor por Milton, e sofria mais ainda em ver o sofrimento dele. Se recusou a usar peruca e Milton a apoiou, aliás ele a apoiou em tudo. Participava das sessões de quimioterapia. Adequou seu horário no banco para acompanha-la. Sua mãe e sua irmã vieram cuidar dela para que Milton pudesse trabalhar, pois mais do que nunca ele precisava do emprego e do convênio que possibilitava o tratamento de Amanda.
Aos poucos o tumor foi sendo extirpado. Amanda, que emagrecera quase 20 kg, recomeçou a adquirir peso novamente e os cabelos voltaram. Voltou a ser aquela mulher ativa que cuidava da casa e do marido. Saiam bastante, iam aos cinemas, shoppings, etc...Fizeram uma viagem ao Havaí, sonho de vida de Amanda, finalmente realizado. Milton estava feliz com a recuperação de Amanda, mas vivia preocupado e sempre cobrava dela que fosse fazer exames periódicos e de prevenção.
Passaram-se cinco anos assim. Um final de semana, em que estavam na praia com amigos, e familiares de Amanda, ela passou mal, não conseguia andar, curvada de dor e chorando muito foi levada por Milton ao hospital.
Desgraçadamente o câncer voltou. Metástase, disse o médico! Milton desmoronou. Durante dois meses Amanda lutou muito, sofreu muito, mas no final perdeu a luta. Nos últimos 20 dias ela viveu a base de morfina e quase não falava. Os médicos acharam por bem tira-la da UTI e deixa-la passar os últimos momentos com a família, e uma noite estavam só ela e Milton no quarto e ela pegou em suas mãos e disse-lhe, que após a partida dela, ele deveria retomar a sua vida, achar aquela mulher que ele amara antes de conhece-la e ser feliz novamente.
Ela sabia de Marta através de um colega dele do banco, mas nunca tocara nesse assunto com ele. Disse isso a ele naquela noite e fez com que ele prometesse que procuraria Marta e recomeçaria sua vida a partir daí, mas que nunca deveria se esquecer dela, por que ela o amou muito e que ela estaria olhando por ele de lá de onde ela estivesse. Dito isso, ela perdeu a consciência. No dia seguinte, ela se foi serenamente, sem recobrar a consciência.
Depois do enterro, Milton arrasado, pediu para a sogra e a cunhada que cuidassem das coisas de Amanda e da casa, saiu de férias, viajou e quando voltou, pegou umas poucas coisas de Amanda que gostaria de guardar, explicou para a sogra e cunhada que iria voltar pra S. Paulo e retomar sua vida conforme Amanda lhe fez prometer. Pediu transferência e foi transferido ara a Administração Central do banco.
Passaria os próximos dois anos procurando por Marta, em vão, ninguém sabia dela!

Capítulo Cinco -  Marta

Quando a indústria em que trabalhava, avisou os funcionários que faria um corte grande por motivos econômicos, e que pagaria um bônus a quem aceitasse a demissão voluntaria. Marta conversou com os pais a respeito de aceitar a demissão voluntária, e seu pai, que havia sido safenado, estava com problemas de saúde, aposentara por invalidez e já pensara em voltar para sua cidade natal, Caxias do Sul, achou boa a ideia.
Seus irmãos eram menores e não teriam problemas com escola.
Seu pai vendeu um mercadinho no bairro em que moravam, alugou a casa e retornaram à Caxias. 
La em Caxias, os tios deram um emprego para Marta na vinícula da família, na administração, fazendo todo serviço financeiro, no que ela era muito boa.
Marta tinha saído de Caxias do Sul ainda menina, mas, tinha voltado lá diversas vezes para passar férias. Na adolescência, conheceu um rapaz, Rodrigo, que era vizinho dos tios e chegaram a namorar numa das vezes em que foi de férias mas, não significou muito para ela, era só um namoro de adolescente, sem consequências. Depois ele mudou para Porto Alegre e ela não o viu mais quando ia de férias.
Na sua volta, reatou amizade com antigos colegas, moços e moças, alguns já casados, outros já divorciados ou viúvos e alguns solteiros.
Já estava a mais de um ano lá, quando um dia Rodrigo apareceu na sua casa. Ficou feliz em revê-lo e ele em revê-la. A partir daí, Rodrigo aparecia em quase todos os finais de semana. Namoraram 4 anos até seu pai [um gaúcho da velha escola de pai] um dia, sem ela saber, perguntou a o Rodrigo se ele tinha intenções sérias com sua filha. Se não tivesse, que deixasse ela seguir sua vida em paz, ou se casasse com ela.
Pressionado assim, Rodrigo pediu-a em casamento.  Marta não o amava, gostava dele que era bom, educado e parece que a amava e demonstrava isso.  Pensou em Milton e lembrou de uma vez que havia procurado saber dele em uma agencia do banco em Porto Alegre, numa das vezes que foi lá a trabalho, e soube que ele era gerente em Recife e tinha se casado.
Lamentou nunca ter demonstrado a ele que o amava e agora o tinha perdido para sempre. Resolveu aceitar o pedido de Rodrigo e tentar uma vida com ele. Casaram e foram morar em Porto Alegre, pois Rodrigo era funcionário de carreira da Sectetaria da Fazenda do Estado.

Capítulo Seis -  A Volta de Marta

Depois de casados, depois de um tempo Rodrigo mostrou seu lado mulherengo, apesar de trata-la bem, leva-la em cinema, shopping, praia...Mas, também frequentava boates, chegava tarde em casa, e um dia começou a passar a noite fora.. Marta aturou isso por 2 anos, e quando seu pai morreu de infarto, ela deu um basta, afinal ainda estava casada para não desgostá-lo.. Pediu o divórcio e desgostosa disse para sua mãe que iria voltar a S. Paulo. Foi publicado nos autos que a sra Marta Martins Pereira divorciou-se do sr. Rogrigo Couto Pereira, voltando a chamar-se Marta Martins.
Um dos seus irmãos estava casado e morava em S. José dos Campos, era engenheiro da aeronáutica e o outro estava estudando na USP. Como a casa em S. Paulo desocupara, ela resolveu morar lá e convidou o irmão a morar com ela. Sua mãe veio também.
Marta vivia da pensão que recebia de Rodrigo e começou a fazer confecções na garagem da casa para complementar a renda, contratou uma costureira e teve sempre a ajuda da mãe que era uma excelente costureira. Aos poucos foi progredindo e precisou de um espaço maior, pois já tinha tres empregados.
O mercadinho que era de seu pai, fechou e o dono do prédio ofereceu o salão a ela com um aluguel razoável.
Assim montou seu atelier e começou a fazer roupa para mulheres que trabalhavam em grandes escritórios e executivas. 
A maioria dos vizinhos do seu empo já tinha mudado dali. Procurou alguns amigos, mas só encontrou gente nova. Não soube do Jurandir, da Suely namorada dele e ninguém soube informar do paradeiro deles e de mais alguns amigos dela.
Perdera o contato com Milton a mais de 10 anos, desde que mudara para Caxias. Ficou magoada por ele não ter procurado por ela, mas, resolveu mesmo assim, saber dele.. Tentou localizá-lo e soube que tinha saído do Banco Nacional de Lisboa, mas ninguém soube informar seu paradeiro atual. Ligou para um amigo dela que trabalhava ainda no banco, em uma das agencias urbanas de S. Paulo e soube que Milton estava trabalhando num banco mineiro na matriz de Belo Horizonte. Conseguiu o telefone, ligou lá mas ninguém conhecia ele.
A vida seguiu, tinha que cuidar da mãe, da loja e ficou esperançando, um dia achar Milton. Ainda era jovem, estava com 32 anos, mas se não fosse com Milton ela não pretendia se relacionar com mais ninguém !


Capítulo Sete – O Reencontro

Final

Milton tinha saído do Banco Nacional de Lisboa e fora convidado a trabalhar no Banco Cruzeiro de Minas, como Gerente do Depto de Contabilidade, em Belo Horizonte. Ficou pouco lá, precisaram dele em S. Paulo, para reorganizar a Contadoria do banco...
Um dia,  pesquisando no Google,  ele achou a noticia do divorcio de uma  Marta M. Pereira com o Rodrigo C. Pereira, ocorrido em Porto Alegre e que ela voltou adotar o nome de solteira, Marta Martins. Era um tiro no escuro, pois ele não sabia que Marta estava morando no R. Grande do Sul.
Pediu para um antigo colega do Banco de Lisboa, dr. Gregório, do Depto. Jurídico do banco, da Regional de P. Alegre, descobrir o telefone do Rodrigo. Ele conseguiu o telefone, ligou e disse que era do Banco Nacional de Lisboa e precisava localizar uma sr. Marta Martins que havia trabalhado no banco em S. Paulo, há alguns anos, mas não tinha certeza se era a ex-mulher dele. Disse que tinha uns documentos para entregar a ela.
Rodrigo confirmou que era ela e forneceu o endereço dela em S. Paulo. Milton levou um choque quando ao chegar uma manhã, sua secretária disse que tinha uma ligação de um dr. Gregório do Banco Nacional de Lisboa de P. Alegre para ele. O colega de P. Alegre ligou com o endereço de Marta.
Milton saiu correndo, estava tão trêmulo que não conseguia ligar o carro.
Parou, respirou, fechou os olhos, se acalmou e saiu dirigindo tão devagar quanto sua ansiedade permitiu. Nunca os semáforos de S. Paulo conspiraram tanto contra ele, nunca o transito esteve tão caótico as 10hs da manhã, mas, depois de 40 minutos que pareceram 4 horas, chegou na rua onde morava Marta. Passou em frente ao antigo mercadinho do pai da Marta e viu uma loja bem arrumada, bem decorada e...a Marta parada na porta !
Parou o carro no meio da rua, ouviu xingamentos, buzinaço, mas nem ligou, e como um alucinado correu chamando-a pelo nome.
Marta que olhava para aquele caos na rua, de repente viu aquele homem, magro, alto correndo em sua direção, e o reconheceu. Recebeu-o chorando, rindo e beijou-o como nunca o havia feito. Os motoristas que estavam gritando e buzinando saíram de seus carros e aplaudiram aquela cena de cinema.
Milton feliz da vida, correu até o carro sob aplausos e encostou-o no meio fio.
Mais tarde, questionando Marta por ter sumido, ficou sabendo que ela tinha deixado seu endereço de Caxias do Sul com o amigo Jurandir, mas, Milton lhe disse que Jurandir nunca lhe deu o endereço, pois morrera em um acidente de moto uns dias depois que ela mudou. Marta ficou duplamente chocada:
por saber da morte do amigo e por saber que por causa do acidente de moto ela pensou que Milton perdera o interesse nela.
Foram para a casa dela e sua mãe que sabia de toda a história abraçou Milton e recebeu-o como um novo filho. Marta contou de sua vida com Rodrigo e Milton contou de Amanda, o que comoveu Marta.
Milton e Marta casaram e tiveram uma filha, a quem deram o nome de Amanda, por sugestão da própria Marta


[João Libero]

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