O Voo da Gaivota

Ela nem sequer batia suas asas
Planava, levada pelo vento
Calmamente sobrevoava o mar
De repente, um movimento
Rápido e ei-la a despencar
Como se fosse um kamikaze
Parecia que ia mergulhar
Mas, só tocou a água e subiu
Voou em direção à praia
Lá, soltou o que carregava
Era uma concha fechada
Que caiu, pulou e parou
A ave tornou a mergulhar
Parecia que ia bater no chão
Quase tocou a areia, mas,
Num movimento suave
Subiu novamente levando
Presa no bico, a concha,
Lá do alto, tornou a soltá-la
Mais uma vez, outra e outra
Até que a concha não resistiu
Quebrou e só então a gaivota
Desceu graciosamente e parou
Ao lado da concha quebrada
Para dela se alimentar.


[João Libero]

















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