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      Maria, a Cangaceira   Seu nome era Maria Gomes de Oliveira. Muito jovem, bonita, de idade incerta, Era infeliz, morava no meio do nada, Com os pais, após união fracassada. A mãe, Déa lhe disse antes de casar — Não deixe o homem lhe mandar! E ela não deixou, largou dele! Era uma época selvagem, dura, Pois além da seca, e da miséria, Era a época mais violenta do cangaço. Ela pensava como teria sido sua vida Se um cabra feito o Capitão Lampião Viesse busca-la para viver a vida com ele... Um dia, viu ao longe um cavaleiro vindo. Ele vinha cavalgando a trote, solitário, Montando um fogoso alazão castanho E quando chegou mais perto, ela viu, A cartucheira no peito, a espingarda, O revólver e a peixeira na cinta; Chapéu e roupa de couro e os óculos! Seria mesmo Lampião? Pensou ansiosa Com os olhos brilhando levantou-se. Devagar o homem parou perto dela e falou — Tu é Maria de Déa? Sem homem? Tu é bonita, carece de viver a vida. Vem comigo, vem viver uma vida! — V...

Cardápio semanal

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  Segunda- feira, dia de  ressaca   Então, arroz e uma salada   Um suco e mais nada     T erça- feira faremos um rango   De u m prato só, sem mistura   Quem sabe arroz e filé de frango     Quarta-feira  é dia de feirinha   Arroz integral com legumes   Refogado ou farofinha     Quinta-feira, meio da semana   Pede um pouco de atenção   Uma salada e purê de batatas   Molho e  um bom macarrão     Sexta -feira dia estranho né?   Um  arroz branco e salada   Fritar  peixe feito filé .     Chegou o sábado então   Arroz, batata frita, salada   F arofa pronta, bife  e feijão     Domingo  já é  tradição   Molho de carne ou soja   Para acompanhar o macarrão   Purê  de batata. E vinho tinto   Para esquentar o coração     [João Libero]      23/10/17  

A Rainha da Fogueira

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  Era  uma  pequena vila  a beira mar ,   Habitada por maioria de pescadores .   Noite de São Pedro , noite muito  fria   Era uma quermesse dos moradores .   E  n a última noite das festas juninas   Uma grande fogueira estava acesa   E, s entada  quieta, bem ao lado dela .   Estava Rita, mulher de grande beleza,    Que era chamada de  Ritinha do Zeca   Os anos foram generosos com ela ,    Deram-lhe a beleza da maturidade     E  aos 50 anos , l á estava ela,  serena,    L inda,  como se fosse uma divindade   Sentada ao pé do fogo ,  alheia a tudo,    Indiferente a  toda aquela atividade ,     De b alões que subiam  e muitos fogos   B ombinhas , morteiros, chuvas de  prata   Tinha c abelos curtos  com fios  grisalhos   Que lhe davam um ar de sabedoria   Olhos atentos  olhando p...